De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77% das famílias brasileiras estão endividadas.
Esses dados, que em abril de 2022 atingiram os maiores valores dentro de 12 anos, também apontam que o cartão de crédito foi um dos protagonistas responsáveis pelas altíssimas taxas de inadimplência.
O total de inadimplentes estava em decadência desde abril de 2021, mas passou a ter resultados crescentes em outubro do mesmo ano.
Os principais motivos desse aumento são as taxas de juros dos cartões de crédito e o desemprego elevado, explica o Serasa.
Apesar do mercado de trabalho ter se recuperado gradualmente nos últimos meses, muitos trabalhadores só encontraram empregos que pagam salário menor que o anterior e isso diminui as possibilidades de quitar débitos em atraso.
O Serasa também constatou que os maiores tipos de dívidas em inadimplência são de cartão de crédito em primeiro lugar, contas domésticas como água, luz e gás e gastos no comércio varejistas.
Para esses endividados, a inflação cada vez mais alta, influenciou nesses dados, já que dessa forma os custos de vida se tornam cada vez mais altos.
Mas o que esperar dos próximos meses?
A CNS relata que “O encarecimento do crédito no Brasil e a fragilidade apontada no mercado de trabalho, especialmente em ano eleitoral, devem seguir afetando a dinâmica do endividamento e da inadimplência dos consumidores”.
Dessa forma, conclui-se que esse é um cenário desafiador que demanda medidas para amenizar o agravamento das taxas de inadimplência no Brasil.
